Diretor do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas GCM Bueno fala em "perseguição política"

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Pedro Bueno, um ex-funcionário da Guarda Municipal de Belo Horizonte afastado desde a última quinta-feira (18), afirma estar sendo vítima de perseguição política por parte da prefeitura e da direção da Guarda. O caso tem ganhado repercussão nas redes sociais, onde Pedro, indignado, posta quase diariamente reportagens e textos críticos à cúpula da Guarda Municipal.
Desde maio de 2006, quando foi aprovado no concurso para a Guarda Municipal de Belo Horizonte, Pedro se indispôs contra pessoas e entidades importantes. Ele, que é também líder sindical, foi autor de acusações que apontaram supostas irregularidades no mando da Guarda Municipal, como o nepotismo e o tráfico de influência. Também questiounou a relação entre a Guarda e a fundação Guimarães Rosa, que, segundo ele, prestava serviços sem licitação para o órgão municipal. Na opinião de Pedro, foi essa sua postura contestatória que lhe rendeu, na semana passada, a exoneração de seu cargo público.
Até poucos dias, Pedro estava afastado de suas obrigações para dedicar-se à campanha política. Candidato a vereador, recebeu 3.500 votos, número insuficiente para levá-lo à Câmara. De volta a seu cargo na Guarda Municipal, Pedro sofreu “anulação da posse”, o que nos termos da prefeitura corresponde a uma demissão. Enquanto a Guarda justifica a anulação devido a processos administrativos pelos quais Pedro respondia, ele vê na demissão uma clara expressão de perseguição política. Em sua opinião isso aconteceu porque, além de criticar a chefia da Guarda Municipal, ele se recusou a participar da campanha de reeleição de Marcio Lacerda. Antes de Pedro, outros três diretores do Sindiguardas, o Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais, também foram afastados de seus cargos: Anderson Acácio, Wellington Nunes Cesário e Renato Rodrigues.
“Completamente descabida e desproporcional” é como Roger Victor, assessor da Guarda Municipal, define a teoria de Pedro Bueno sobre as demissões. Ele lembrou o histórico de Pedro, envolto em processos administrativos, para caracterizar como “falaciosas e desrespeitosas” as afirmações do ex-guarda. Pedro foi, entre outros, processado por “se apropriar das chaves de uma viatura para interromper o trânsito na avenida dos Andradas”, “tentativa de invasão da Câmara Municipal” e “incitar integrantes da guarda a atos de indisciplina e insubordinação ao comando”. Já Renato Rodrigues, colega de Pedro no sindicato, foi recentemente afastado por desídio – o que no vocabulário da Guarda significa mau comportamento, ausência e/ou faltas injustificadas. Para Roger Victor, não há relação alguma entre os processos e a convivência pouco amistosa que Pedro e seus colegas mantinham com a chefia da Guarda.

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